domingo, 28 de março de 2010

É A OPINIÃO DE MEDINA CARREIRA - E EU CONCORDO!

JOSÉ SÓCRATES É UM HOMEM DE CIRCO


A economia vai derrotar a democracia em Portugal.

José Sócrates, é um homem de circo, de espectáculo. Portugal está a ser gerido por medíocres, Guterres, Barroso, Santana Lopes e este, José Sócrates, não perceberam o essencial do problema do país.

O desemprego não é um problema, é uma consequência de alguma coisa que não está bem na economia. Já estou enjoado de medidinhas. Já nem sei o que é que isso custa, nem sequer sei se estão a ser aplicadas.

A população não vai aguentar daqui a dez anos um Estado social como aquele em que nós estamos a viver. Este que está lá agora, o José Sócrates, é um homem de espectáculo, é um homem de circo. Desde a primeira hora.

É gente de circo. E prezam o espectáculo porque querem enganar a sociedade.

Vocês, comunicação social, o que dão é esta conversa de «inflação menos 1 ponto», o «crescimento 0,1 em vez de 0,6». Se as pessoas soubessem o que é 0,1 de crescimento, que é um café por português de 3 em 3 dias... Portanto andamos a discutir um café de 3 em 3 dias... mas é sem açúcar.

Eu não sou candidato a nada, e por conseguinte não quero ser popular. Eu não quero é enganar os portugueses. Nem digo mal por prazer, nem quero ser «popularuxo» porque não dependo do aparelho político!"

Ainda há dias eu estava num supermercado, numa bicha para pagar, e estava uma rapariga de umbigo de fora com umas garrafas, e em vez de multiplicar «6x3=18», contava com os dedos: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7... Isto não é ensino... é falta de ensino, é uma treta! É o futuro que está em causa!

Os números são fatais. Dos números ninguém se livra, mesmo que não goste. Uma economia que em cada 3 anos dos últimos 27, cresceu 1%... esta economia não resiste num país europeu.

Quem anda a viver da política para tratar da sua vida, não se pode esperar coisa nenhuma. A causa pública exige entrega e desinteresse.

Se nós já estamos ultra-endividados, faz algum sentido ir gastar este dinheiro todo em coisas que não são estritamente indispensáveis?

P'rá gente ir para o Porto ou para Badajoz mais depressa 20 minutos? Acha que sim?

A aviação está a sofrer uma reconversão, vamos agora fazer um aeroporto, se calhar não era melhor aproveitar a Portela?

Quer dizer, isto está tudo louco?"

Eu por mim estou convencido que não se faz nada para pôr a Justiça a funcionar porque a classe política tem medo de ser apanhada na rede da Justiça. É uma desconfiança que eu tenho. E então, quanto mais complicado aquilo for...

Nós tivemos nos últimos 10-12 anos 4 Primeiros-Ministros:

- Um desapareceu;
- O outro arranjou um melhor emprego em Bruxelas, foi-se embora;
- O outro foi mandado embora pelo Presidente da República;
- E este coitado, anda a ver se consegue chegar ao fim"

O João Cravinho tentou resolver o problema da corrupção em Portugal. Tentou. Foi "exilado" para Londres. O Carrilho também falava um bocado, foi para Paris. O Alegre depois não sei para onde ele irá... Em Portugal quem fala contra a corrupção ou é mandado para um "exílio dourado", ou então é entupido e cercado.

Mas você acredita nesse «considerado bem»? Então, o meu amigo encomenda aí uma ponte que é orçamentada para 100 e depois custa 400? Não há uma obra que não custe 3 ou 4 vezes mais? Não acha que isto é um saque dos dinheiros públicos? E não vejo intervenção da polícia... Há-de acreditar que há muita gente que fica com a grande parte da diferença!

De acordo com as circunstâncias previstas, nós por volta de 2020 somos o país mais pobre da União Europeia. É claro que vamos ter o nome de Lisboa na estratégia, e vamos ter, eventualmente, o nome de Lisboa no tratado. É, mas não passa disso. É só para entreter a gente.

Isto é um circo. É uma palhaçada. Nas eleições, uns não sabem o que estão a prometer, e outros são declaradamente uns mentirosos: - Prometem aquilo que sabem que não podem."

A educação em Portugal é um crime de «lesa-juventude»: Com a fantasia do ensino dito «inclusivo», têm lá uma data de gente que não quer estudar, que não faz nada, não fará nada, nem deixa ninguém estudar. Para que é que serve estar lá gente que não quer estudar? Claro que o pessoal que não quer estudar está lá a atrapalhar a vida aqueles que querem estudar. Mas é inclusiva...

O que é inclusiva? É para formar tontos? Analfabetos?"

"Os exames são uma vergonha.

Você acredita que num ano a média de Matemática é 10, e no outro ano é 14? Acha que o pessoal melhorou desta maneira? Por conseguinte a única coisa que posso dizer é que é mentira, é um roubo ao ensino e aos professores! Está-se a levar a juventude para um beco sem saída. Esta juventude vai ser completamente desgraçada!

A minha opinião desde há muito tempo é: TGV- Não!

Para um país com este tamanho é uma tontice. O aeroporto depende. Eu acho que é de pensar duas vezes esse problema. Ainda mais agora com o problema do petróleo.

Bragança não pode ficar fora da rede de auto-estradas? Não?

Quer dizer, Bragança fica dentro da rede de auto-estradas e nós ficamos encalacrados no estrangeiro? Eu nem comento essa afirmação que é para não ir mais longe...

Bragança com uma boa estrada fica muito bem ligada. Quem tem interesse que se façam estas obras é o Governo Português, são os partidos do poder, são os bancos, são os construtores, são os vendedores de maquinaria... Esses é que têm interesse, não é o Português!

Nós em Portugal sabemos resolver o problema dos outros: A guerra do Iraque, do Afeganistão, se o Presidente havia de ter sido o Bush, mas não sabemos resolver os nossos. As nossas grandes personalidades em Portugal falam de tudo no estrangeiro: criticam, promovem, conferenciam, discutem, mas se lhes perguntar o que é que se devia fazer em Portugal nenhum sabe. Somos um país de papagaios...

Receber os prisioneiros de Guantanamo?

Isso fica bem e a alimentação não deve ser cara...» Saibamos olhar para os nossos problemas e resolvê-los e deixemos lá os outros... Isso é um sintoma de inferioridade que a gente tem, estar sempre a olhar para os outros. Olhemos para nós!

A crise internacional é realmente um problema grave, para 1-2 anos. Quando passar lá fora, a crise passará cá. Mas quando essa crise passar cá, nós ficamos outra vez com os nossos problemas, com a nossa crise. Portanto é importante não embebedar o pessoal com a ideia de que isto é a maldita crise. Não é!

Nós estamos com um endividamento diário nos últimos 3 anos correspondente a 48 milhões de euros por dia: Por hora são 2 milhões! Portanto, quando acabarmos este programa Portugal deve mais 2 milhões! Quem é que vai pagar?

Isso era o que deveríamos ter em grande quantidade.

Era vender sapatos. Mas nós não estamos a falar de vender sapatos. Nós estamos a falar de pedir dinheiro emprestado lá fora, pô-lo a circular, o pessoal come e bebe, e depois ele sai logo a seguir..."

Ouça, eu não ligo importância a esses documentos aprovados na Assembleia...

Não me fale da Assembleia, isso é uma provocação... Poupe-me a esse espectáculo...."

Isto da avaliação dos professores não é começar por lado nenhum.

Eu já disse à Ministra uma vez «A senhora tem uma agenda errada"» Porque sem pôr disciplina na escola, não lhe interessa os professores. Quer grandes professores? Eu também, agora, para quê? Chegam lá os meninos fazem o que lhes dá na cabeça, insultam, batem, partem a carteira e não acontece coisa nenhuma. Vale a pena ter lá o grande professor? Ele não está para aturar aquilo...Portanto tem que haver uma agenda para a Educação. Eu sou contra a autonomia das escolas Isso é descentralizar a «bandalheira».

Há dias circulava na Internet uma notícia sobre um atleta olímpico que andou numa "nova oportunidade" uns meses, fez o 12ºano e agora vai seguir Medicina...
Quer dizer, o homem andava aí distraído, disseram «meta-se nas novas oportunidades» e agora entra em Medicina...

Bem, quando ele acabar o curso já eu não devo cá andar felizmente, mas quem vai apanhar esse atleta olímpico com este tipo de preparação...

Quer dizer, isto é tudo uma trafulhice..."

É preciso que alguém diga aos portugueses o caminho que este país está a levar.
Um país que empobrece, que se torna cada vez mais desigual, em que as desigualdades não têm fundamento, a maior parte delas são desigualdades ilegítimas para não dizer mais, numa sociedade onde uns empobrecem sem justificação e outros se tornam multi-milionários sem justificação, é um caldo de cultura que pode acabar muito mal. Eu receio mesmo que acabe.

Até há cerca de um ano eu pensava que íamos ficar irremediavelmente mais pobres, mas aqui quentinhos, pacíficos, amiguinhos, a passar a mão uns pelos outros... Começo a pensar que vamos empobrecer, mas com barulho...

Hoje, acrescento-lhe só o «muito». Digo-lhe que a gente vai empobrecer, provavelmente com muito barulho...

Eu achava que não havia «barulho», depois achava que ia haver «barulho», e agora acho que vai haver «muito barulho». Os portugueses que interpretem o que quiserem...

Quando sobe a linha de desenvolvimento da União Europeia sobe a linha de Portugal. Por conseguinte quando os Governos dizem que estão a fazer coisas e que a economia está a responder, é mentira! Portanto, nós na conjuntura de médio prazo e curto prazo não fazemos coisa nenhuma. Os governos não fazem nada que seja útil ou que seja excessivamente útil. É só conversa e portanto, não acreditem...

No longo prazo, também não fizemos nada para o resolver e esta é que é a angústia da economia portuguesa.

"Tudo se resume a sacar dinheiro de qualquer sítio. Esta interpenetração do político com o económico, das empresas que vão buscar os políticos, dos políticos que vão buscar as empresas...Isto não é um problema de regras, é um problema das pessoas em si...Porque é que se vai buscar políticos para as empresas?

É o sistema, é a (des)educação que a gente tem para a vida política...

Um político é um político e um empresário é um empresário. Não deve haver confusões entre uma coisa e outra. Cada um no seu sítio. Esta coisa de ser político, depois ministro, depois sai, vai para ali, tira-se de acolá, volta-se para ministro... é tudo uma sujeira que não dá saúde nenhuma à sociedade.

Este país não vai de habilidades nem de espectáculos.

Este país vai de seriedade. Enquanto tivermos ministros a verificar preços e a distribuir computadores, eles não são ministros. São propagandistas! Eles não são pagos nem escolhidos para isso! Eles têm outras competências e têm que perceber quais os grandes problemas do país!

Se aparece aqui uma pessoa para falar verdade, os vossos comentadores dizem «este tipo é chato, é pessimista»...

Se vem aqui outro trafulha a dizer umas aldrabices fica tudo satisfeito...
Vocês têm que arranjar um programa onde as pessoas venham à vontade, sem estarem a ser pressionadas, sossegadamente dizer aquilo que pensam. E os portugueses se quiserem ouvir, ouvem. E eles vão ouvir, porque no dia em que começarem a ouvir gente séria e que não diz aldrabices, param para ouvir. O Português está farto de ser enganado! Todos os dias tem a sensação que é enganado!

INVERSÃO DE VALORES - CARTA DE UMA MÃE PARA OUTRA MÃE (ASSUNTO VERÍDICO).


*Carta enviada de uma mãe para outra mãe no Porto, após um noticiário na TV:

 
De mãe para mãe...

'Vi o seu enérgico protesto diante das câmaras de televisão contra a transferência do seu filho, menor, infractor, das dependências da prisão de Custoias para outra dependência prisional em  Lisboa.
Vi você se queixando da distância que agora a separa do seu filho, das dificuldades e das despesas que passou a ter, para visitá-lo, bem como de outros inconvenientes decorrentes daquela mesma transferência.
Vi também toda a cobertura que os média deram a este facto, assim como vi que não só você, mas igualmente outras mães na mesma situação que você, contam com o apoio de Comissões Pastorais, Órgãos e Entidades de Defesa de Direitos Humanos, ONG's, etc. ..


Eu também sou mãe e, assim, bem posso compreender o seu protesto. Quero, com ele, fazer coro.  No entanto, como verá, também é enorme a distância que me separa do meu filho.
Trabalhando e ganhando pouco, idênticas são as dificuldades e as despesas que tenho para visitá-lo.
Com muito sacrifício, só posso fazê-lo aos domingos porque labuto, inclusive aos sábados, para auxiliar no sustento e educação do resto da família.  Felizmente conto com o meu inseparável companheiro, que desempenha, para mim, importante papel de amigo e conselheiro espiritual.

 
Se você ainda não sabe,
sou a mãe daquele jovem que o seu filho matou cruelmente num assalto a um videoclube, onde ele, meu filho, trabalhava durante o dia para pagar os estudos à noite.
 
No próximo domingo, quando você estiver abraçando, beijando e fazendo carícias ao seu filho, eu estarei visitando o meu e depositando flores na sua humilde campa rasa, num cemitério da periferia...
 
Ah! Já me ia esquecendo: e também ganhando pouco e sustentando a casa, pode ficar tranquila, pois   eu estarei pagando de novo, o colchão que seu querido filho queimou lá, na última rebelião de presidiários, onde ele se encontrava cumprindo pena por ser um criminoso.
No cemitério, ou na minha casa, NUNCA apareceu nenhum representante dessas 'Entidades' que tanto a confortam, para me dar uma só palavra de conforto, e talvez indicar quais "Os meus direitos".
 
Para terminar, ainda como mãe, peço "por favor":
Faça circular este manifesto! Talvez se consiga acabar com esta (falta de vergonha) inversão de valores que assola Portugal e não só...
Direitos humanos só deveriam ser para "humanos direitos" !!!
É a minha opinião
Luís

terça-feira, 9 de março de 2010

BLOGUES NO BARREIRO

 
Ora se me permitem, vou ser curto e directo qb.
Não me irei referir a pessoas individualmente, mas sim e sempre a colectivos.
Respeitante aos blogues, não os vou analisar visando os seus proprietários, apenas opinarei sobre o que estes tornam acessível e portanto, PÚBLICO.

AVENTURAS EM PORTUGAL
Parece-me ser um género de aquário, onde a água abunda, mas peixe, peixe...não se vislumbra.

A PARAGEM DO 18 NO CABEÇO VERDE
Uma verdadeira aldeia de Astérix, há de tudo, o próprio blogue parece uma poção mágica de força e tal, mas depois de tanta força, é o Agecanonix  quem tem a última palavra, entre uns quantos bardos não identificados, que parece serem ele(s) e sempre o mesmo Agecanonix.
Um blogue redundante sem dúvida dedicado a velhotes rabugentos.

BARREIRO POR SENSEI
Um blogue de porrada política e ponto final.

BARREIRO VELHO
Apenas uma palavra: -  NARCISISMO

DIÓGENES DO BARREIRO
Um blogue que exala xenófoba a nível político e ponto final.

EXTRAFÍSICO
Um blogue do outro mundo, com muita atenção a este.

FÁBRICA DO SAL - BARREIRO
Um blogue que parece um carro estacionado e cada vez que arranca dá uma no cravo e outra na ferradura.

ISTO TEM DIAS
Um blogue de mérito próprio, inteligente, consciente, objectivo e .... excelente!

VOX CLAMANTIS IN DESERTO
Um blogue onde se demonstra inteligência, mas aparentemente com dificuldade em ser acompanhado pelos seus iguais.

CHEGA

Há mais, mas parecem espaços ao abandono, uns talvez por afonia,  outros por desleixo ou falta de convicções que justifiquem a sua continuação.

Espero que não me levem a mal, mas...

É a opinião do Luís

domingo, 7 de março de 2010

QUO VADIS BARREIRO?


Esta cidade é um espanto!
Comecemos por todos aqueles que teimam em preservar o Barreiro como o seu caixote do lixo.
Há pessoas que teimam em demonstrar o quanto a educação parental os educou em termos de civismo, são autênticos porcinos no que respeita a respeitarem o espaço de todos os outros, ou seja de nós todos.
Embora com contentores para depósito de lixos orgânicos e mesmo separados por cores para os recicláveis, estes seres porcinos, ainda que com forma humana, deixam os sacos com os detritos orgânicos no chão ao lado dos contentores não cheios e os mais diversos monos e outras peças como caixas e caixotes, embalagens, etc., tudo fora dos respectivos depósitos. Para já não falar das suas decisões individualistas em alterarem sistematicamente a posição e lugar dos contentores de lixos orgânicos, como se fossem seus e só seus, assim como sua e só sua toda a rua.

Esta gentinha, porca até dizer chega, faz jus às suas convicções sociais e políticas, continuam a votar nos seus iguais ou não fossemos governados por estes desde 75!
O que se viu?
O que se vê?
Antes de 74, o povo era pobre e humilde, preservava a educação e o medo pelos demais, não fossem eles do regime e lixarem a vidinha de uma pessoa.
Estaria correcto?
Estaria certo?
NÃO, não estava!
O medo faz pobre inteligência e cria avestruzes.
Depois de 74, o povo foi revolucionário mas não muito, pouco a pouco foi acreditando que já não era pobre e que já não precisava de ser humilde, perdeu o respeito pelo próximo, mas acima de tudo perdeu o respeito por si mesmo, foi visado pelos inteligentes, que se vestiram rapidamente de cor de rosa, de laranja, de azul e mais recentemente de um vermelho estranho, contudo lá no meio destas cores vislumbrava-se uma cor mais antiga, uma cor de longa data, rubra escarlate com uns símbolos a amarelo, típicos da união dos sectores primário com o secundário, a foice cruzada com um martelo, estes de facto eram diferentes e o mais engraçado é que ainda hoje o são, diferem dos restantes inteligentes da oportunidade, com uma inteligência ainda que individual bem acima da média, espelha o seu esplendor na inteligência enquanto entidade colectiva.
De facto são diferentes, humanos sim, logo como todos, possuem defeitos e virtudes, mas ao contrário dos inteligentes de ocasião, a sua coerência é já um facto inegavelmente histórico. Ao passo que nos demais, qualquer indicio de coerência, é uma descoberta arqueológica que sem dúvida merecerá destaque nas publicações diárias, pena tal destaque não ocorrer e assim sendo, para não ferir sensibilidades de quem usualmente as não tem para com os demais, obscura-se qb os que a têm.
Pois assim que os inteligentes vislumbraram um povo convencido de que era rico, vai de alimentar essa ideia, foi crédito ao desbarato, comprar, comprar, comprar e mais comprar, o banco adianta ordenados, dá cartões em pacotes de cereais, a casa, o carro, o LCD, o telemóvel táctil, as férias em Cancun, tudo o santo crédito possibilitou, eis a liberdade, eis as novas grades de uma prisão que mais não é que um verdadeiro paraíso neoliberal. Os pais da geração pós 74 sentiram vergonha em dizer aos seus filhos por aquilo que passaram e tudo lhes deram, transferindo os seus sonhos de uma vida desvanecidos, transformando-os em objectivos de vida dos seus filhos, que acreditaram viver bem acima das suas possibilidades.

Tornaram-se arrogantes, transmitiram essa arrogância aos seus filhos e os seus filhos aos seus netos, a geração dos anos 80 é uma geração verdadeiramente arrogante, desprovida de valores e ética, o seu próximo não é visto como tal, mas sim como um competidor a ser superado. Ninguém quer ser trabalhador, ninguém quer ser pobre, muito menos parece-lo, quem o é e o assume é marginalizado, gozado, logo na escola primária, sem o telemóvel da Nokia, sem o estojo Hello Kitty, é um miúdo ou miúda desgraçados, pobres e má companhia, segue-se o primário e o secundário, acabando alguns como o puto que se lançou ao rio TUA, envergonhados de serem vexados e agredidos. A faculdade tornou-se um antro de borga onde os alunos curtem uma vida de meninos e meninas ricas, com pais felizes a trabalharem 12 horas por dia e a rastejarem pelas migalhas do patrão com receio do desemprego, depois como poderiam pagar a prestação do BMW ou do JEEP citadino, envergonhando os seus filhos e filhas por os levarem à faculdade privada sem ser num topo de gama?
Os putos por sua vez é só tunas e capas negras, estudar? Népia! E lá são 300,00; 400,00; 500,00 e mesmo 600,00€ mês, fora os colaterais, como comida, passes, telemóveis, Internet wireless em portáteis VAIO da SONY, pois então! Ou gasolina e portagens + seguro para o pó-pó do menino(a).
É um fartar de empenhamento na banda magnética dos VISA's!
Que valores? Que valores podem ter semelhantes seres?
Saem da universidades mal preparados, arrogantes e sem qualquer conceito moral sobre o ser humano. Para estes arrogantes, alunos de professores igualmente arrogantes entre outras coisas, o ser humano é mão-de-obra, um simples recurso prescindível e recorrente como qualquer utilitária ferramenta, das baratas, estilo chinês.
Assim são até ao dia em que eles próprios irão sentir que afinal, também eles mais não são que uns números no cartão de cidadão, tão dispensáveis e prescindíveis como uma qualquer chave de fendas, que ao partir por excesso de trabalho é colocada à margem e tratada como lixo.

Por hoje chega
Abordarei a política no Barreiro e os seus blogues no próximo post.

Esta foi a minha opinião segundo a minha perspectiva dos factos como se me apresentaram e apresentam.
Analiso colectivos e não pessoas!

É a minha opinião
Luís Vieira